quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Pequenas coisas em grandes proporções

O som do mar ecoa em minha cabeça, enquanto o cigarro toma conta dos pulmões. Idéias frenéticas surgem na mente e são decodificadas em meu cérebro. Conversas longas e polêmicas. De religião à homosexualismo. De sociedade à morte. Teorias e filosofias, algumas sem nexo algum porém com pinceladas de sentido. O som dos carros rasgando o ar em uma frequência frenética e descontrolada. Quatro amigos. Quatro cadeiras. Chimarrão. E então paralelamente às conversas, minha cabeça se perde da imensidão do mar e viaja tão rápido quanto a luz para lugares distantes. Para memórias quase esquecidas no emaranhado de informações. Os breves risos quebravam a seriedade das opiniões. Sim, foram momentos felizes. Aquele momento em que você é ouvido, e que as pessoas param para ouvi-lo. Assim descobrir que nossa linha de ideais é muito maior do que jamais havia pensado. Desenvolvendo cada palavra, formulando cada teoria, repassando várias filosofias. Isso é que faz crescer, e são momentos como esse que as vezes deixamos para tráz na correria de acontecimentos do cotidiano. Na rotina. Não somos tão miseráveis quanto as vezes parecemos ser. Não somos tão errados ou certos quanto nos dizem. Momentos como esse é que te faz expressar o que talvez você nunca se quer tenha parado para pensar sobre. Espontâniedade. Crecimento. E para crescer não precisamos cair, não precisamos nos afogar no mar, não precisamos chegar no poço, quando simplismente pode-se crescer com as pequenas coisas que a vida dos oferece todos os dias. E nós, com nosso circulo viciosos apelidado carinhosamente de rotina, não paramos para desfrutar, reparar, perceber e associar. Cada dia têm uma razão para ser um novo dia. Cabe a cada um de nós interpretar o que nosso dia tem a nos repassar, para que conforme passem, você não fique para tráz em sua mediocriedade. Não é preciso tiro para matar e nem médicos para salvar. Quem faz um ou outro com nossa integridade, somos nós mesmos.

Nada, nenhuma decisão tomada, é errada.
Muito pelo contrario, tudo está e sempre foi certo.
E isso, isso se chama vida.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Olhos azuis também mentem.

Meu corpo fora do controle...
Meus pensamentos sem sequência alguma...
A música toma conta de preencher o espaço vazio dentro de mim,
e o corpo se deixa levar por uma batida, por uma voz, um violão...
Meu coração dispara, reclamando.
Sinto uma fria brisa em minhas pernas descobertas.
Parecia ser a única pessoa acordada naquela madrugada...
De cima observava a cidade vazia, quieta... iluminada,
e além das luzes? A escuridão tomava conta.
Mas nada mais importava se não a música, o sentimento de solidão , e o céu.
A lua estava a brilhar e ao seu redor estrelas a completavam.
Juntas, o céu mais lindo que já havia visto.
Ou pelo menos que eu tenha reparado...
Me sentia feliz.
Me sentia leve.
Pulava.
Dançava.
Gritava
Ria...
Ria para não chorar.
Gritava para não ter que falar.
Dançava para tentar relaxar.
Pulava tentando chegar o mais próximo possível daquele céu.
Leveza para que o vento me levasse para bem longe.
E me sentia feliz... porque ali...
Ali eu não precisava fingir.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Night it's all right.

Deixei para trás a beleza do mar
pela beleza do céu.
Troquei os prédios altos e sufocantes,
por casas simples, pessoas simples,
um lugar simples.
Um lugar onde a lua ilumina com tanta intensidade que meus olhos até lacrimejam,
que minha pele a reflete ,
e que meus pensamentos, voam...
Assim como a fumaça que paira no ar por longos segundos até desaparecer.
Apenas com o cigarro que queima entre meus dedos como compania.
Na verdade se não fosse pelo som resultante da brisa contra as árvores,
poderia talvez me considerar sozinho nessa noite.
Na realidade todas as noites têm sido de certa forma vazias.
Todas as noites meu amigo Marlboro me acompanhou,
e claro, a querida Heineken era a que libertava meus pensamentos,
de uma forma que os mesmos se resumissem a um nada.
A um buraco.
Buraco este que na realidade é tudo.
As estrelas se exibem nessa noite...
A temporada de caça ao antigo John está aberta.
Se alguém souber onde o encontrar... não diga nada.
Cale-se,
pois quando for a hora, eu ei de encontrá-lo.
Seja numa tumultuada multidão de pessoas perdidas,
talvez no meio dos frajelados da enchente na fila para a cesta básica,
ou simplismente no vazio de uma noite...
Porém cheia de pensamentos espalhados pelo ar.

Night...oh ya...night it's ok.