terça-feira, 21 de abril de 2009

Take a walk on the wild side.

Uma madrugada fria de outono
uma segunda-feira com cara de sábado
ignorando tudo que acontece ao redor
nenhuma informação é processada em meu cérebro tumultuado
meu corpo clamando por repouso
eu vejo as luzes dos postes se aproximarem infinitamente
um silêncio, uma solidão...
andando por uma estrada feita de ilusões em um caminho desconhecido
guiado por duas pequenas luzes vermelhas tão fracas quanto meu desejo que essa viajem termine.
a brisa levemente fria porém suave toca meu rosto,
e meus olhos por um breve momento se fecham.
o céu tão escuro quanto um chocolate suiço midnight
porém tão relaxante quando aquele tal um quartinho de lexotan.
me pergunto quando tudo isso vai acabar
quando tudo isso vai ser arquivado em algum armário no imenso corredor das memórias
quantas lágrimas serão derramadas pom essas lembranças,
querendo tudo de volta...
sem responsabilidades maiores,
problemas tão fúteis quando modismo e traiçoeiros quanto poker.
a beleza da juventude está nos olhos de quêm vê
na capacidade de quem interpreta
na sensibilidade daquele que reflete.
então venha você também,
fazer parte de um mundo onde os prédios derretem
os shortinhos dançam funk em uma praia sem mar em uma noite sem lua
noites essas que parecem não ter fim
e os dias, que duram apenas algumas horas...
em meu carro, caro amigo, sempre tem espaço pra mais um.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Apaixone-se

Estou apaixonado, confesso.
Minha carência por "alguém"fora suprida por "algo"
Por momentos...
É, eu estou perdidamente apaixonado pelos momentos.
Pelo lindo som das cordas de um violão no meio de uma multidão
Cantando "Creep" tão desafinadamente que de certa forma, pareceu tão perfeito.
Picina, cigarros, apostas, risadas, violão, uma voz rouca...
Foi então que parei para admirar a beleza do momento.
Enquando uns nadavam na picina já não mais iluminada pelo sol e sim pela lua
Outros sentados no sofá tocando um pequeno teclado,
que parecia soar como cantiga de ninar para aqueles que estavam em transe profundo
Ali parecia ser a Wonderland onde problemas não existiam, não naquele momento.
Então um nascer do sol estundante.
Mais pessoas no carro do que jamais poderia se imaginar,
mas o que importava era ter vários amigos para compartilhar aquele momento.
Ao som de Dido, com o porta malas aberto, tudo que se ouvia era o mar, os amigos, e a música.
Um tom forte de laranja pinta o céu de forma marcante
Iluminando nossos rostos com uma leve luz surtindo um efeito pálido em todos.
Fotos, muitas fotos. Risadas. Pensamentos remotos.
Foi então que me afastei e admirei a cena,
Como era bonito, mágico, tanta felicidade, amigos, na praia, presenteados com um lindo nascer do sol.
É, eu estou apaixonado pelos momentos.
Eu me apaixonei ao ver a cidade de um dos picos mais altos ao redor
em uma noie nublada e com leves gotas caindo do céu
O vento cortava minha face, querendo penetrar na minha pele com tanta força.
E mais uma vez parei, olhei, e me apaixonei.
Essa paixão não machuca, não desaponta, ela simplismente te faz feliz sempre que aparece
E sempre que precisar, é só fazercom que os momentos aconteçam
e os momentos te farão sentir a pessoa mais completa, como se o tempo pudesse parar naquele momento para sempre.
São de momentos que a vida é feita.
Simplismente apaixonante a música, as risadas, os amigos, os momentos, a vida.
Apaixone-se.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Amar. Cair. E levantar.

Tudo parece não fazer sentigo algum
Muralhas de pedra desabaram essa noite
esmagando meu coração , causando uma dor terrível
assim como danos irreversíveis...
Digo isso pois cada pessoa que passa por sua vida deixa sua marca.
Marca maior deixam aquelas que alcançaram o seu coração
e de lá tomaram conta por um tempo.
Tempo esse que não há definição de "muito" ou "pouco"
e sim de intensidade.
Não há como sair ileso.
A vida antes de tudo não vai retomar a seu rumo usual
porque seu curso fora alterado de alguma forma
graças a o que você aprendeu com a outra pessoa.
Então esse é o momento que paro e olho ao meu redor
e tudo parece tão vazio, falta algo.
E realmente falta.
Perdido, seria essa a definição de como estou me sentindo.
A grande muralha construída de sonhos e planos fora destruída em uma fração de segundo.
Tudo aquilo que demoraram-se meses para construir.
Meses em vão, alguns diriam.
Meses bem aproveitados, digo eu.
E com a certeza de que a decisão certa fora tomada, para impedir que a muralha caisse quando estivesse muito maior, eu vou dormir essa noite.
Tentarei dormir, se meus pensamentos me deixarem
e pararem de se perguntar por que as pessoas são tão diferentes das outras.
Por que existem tantas maneiras de amar?
existe adaptação? Existe
Existe mudança?
Não... existe controle.
Controle esse que um dia acaba, e alguém sai sobrecarregado.
E é então que a muralha maior, porém de areia , cai.
Soterrando não só o coração, mas quem estiver por perto.
Recontrução
Reparação
Um buraco fora feito
E dói muito concertá-lo.

Mas sabe o que me encomoda mais?
É que o pior ainda esta por vir em um futuro
Quando essa pessoa estiver com outra, e eu terei que ve-la fazendo as coisas que eu queria que tivesse feito para mim, comigo, mas que na época ele não entendia.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Cinzas e Cigarros.

Acordei para o dia que começou tarde
Abafado pela espessa camada de nuvens cinzentas
Que agem sobre meu corpo como se pesassem sobre minha cabeça
Posso sentir a gravidade lutando contra mim hoje.
Talvez pela longa noite com direito a nostalgia.
Desregulado...
A chuva não dá trégua assim como a música, ecoando pelos cômodos do apartamento vazio.
Do alto observo o movimento de carros, as buzinas, os turistas.
Pela manhã antes de dormir, observava o pequeno número de carros que quebrava o silêncio
E as pessoas se arrastando ao trabalho com seus óculos escuros e cabelos desarrumados.
Me perdi em um universo a qual não pertencia.
Revirei páginas incessavelmente até chegarem ao fim.
E quando chegaram ao fim, um estranho sentimento fez-se presente.
Desorientado...
O dia todo vivi uma história alheia, ficticia.
Esqueci-me até de me alimentar.
E quando voltei a realidade, já estava a escurecer
E a luz acinzentada tomava conta do recinto.
Olhei ao redor e tudo que vi foi um cinzeiro totalmente lotado.
Perguntei-me se assim como o cigarro, quimamos incessantemente deixando apenas rastros do noso passado, cinzas que podem voar tão facilmente com um leve sopro, ou encardir para sempre se recalcadas.
Então veio a luta constante contra o ciclo natural, a essência.
Há coisas que não quero que vire cinzas.
Há outras que subconcientemente sei que um dia virarão.
Assim como há coisas que mal posso esperar para virarem apenas cinzas.
Um dia inútil. Um dia fútil.
Uma história roubada. Emprestada.
Queria poder saber me expressar melhor nesse momento.
Dizer o que há de errado.
Ao invéz de esperar virar cinzas para saber aonde deveria ter molhado o cigarro e impedido que tudo acontecesse.
Hoje, deixei a gravidade me vencer pela exaustão de ignorar fatos.
Amanhã, espero não me arrepender pela falta de argumentos de hoje.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Pequenas coisas em grandes proporções

O som do mar ecoa em minha cabeça, enquanto o cigarro toma conta dos pulmões. Idéias frenéticas surgem na mente e são decodificadas em meu cérebro. Conversas longas e polêmicas. De religião à homosexualismo. De sociedade à morte. Teorias e filosofias, algumas sem nexo algum porém com pinceladas de sentido. O som dos carros rasgando o ar em uma frequência frenética e descontrolada. Quatro amigos. Quatro cadeiras. Chimarrão. E então paralelamente às conversas, minha cabeça se perde da imensidão do mar e viaja tão rápido quanto a luz para lugares distantes. Para memórias quase esquecidas no emaranhado de informações. Os breves risos quebravam a seriedade das opiniões. Sim, foram momentos felizes. Aquele momento em que você é ouvido, e que as pessoas param para ouvi-lo. Assim descobrir que nossa linha de ideais é muito maior do que jamais havia pensado. Desenvolvendo cada palavra, formulando cada teoria, repassando várias filosofias. Isso é que faz crescer, e são momentos como esse que as vezes deixamos para tráz na correria de acontecimentos do cotidiano. Na rotina. Não somos tão miseráveis quanto as vezes parecemos ser. Não somos tão errados ou certos quanto nos dizem. Momentos como esse é que te faz expressar o que talvez você nunca se quer tenha parado para pensar sobre. Espontâniedade. Crecimento. E para crescer não precisamos cair, não precisamos nos afogar no mar, não precisamos chegar no poço, quando simplismente pode-se crescer com as pequenas coisas que a vida dos oferece todos os dias. E nós, com nosso circulo viciosos apelidado carinhosamente de rotina, não paramos para desfrutar, reparar, perceber e associar. Cada dia têm uma razão para ser um novo dia. Cabe a cada um de nós interpretar o que nosso dia tem a nos repassar, para que conforme passem, você não fique para tráz em sua mediocriedade. Não é preciso tiro para matar e nem médicos para salvar. Quem faz um ou outro com nossa integridade, somos nós mesmos.

Nada, nenhuma decisão tomada, é errada.
Muito pelo contrario, tudo está e sempre foi certo.
E isso, isso se chama vida.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Olhos azuis também mentem.

Meu corpo fora do controle...
Meus pensamentos sem sequência alguma...
A música toma conta de preencher o espaço vazio dentro de mim,
e o corpo se deixa levar por uma batida, por uma voz, um violão...
Meu coração dispara, reclamando.
Sinto uma fria brisa em minhas pernas descobertas.
Parecia ser a única pessoa acordada naquela madrugada...
De cima observava a cidade vazia, quieta... iluminada,
e além das luzes? A escuridão tomava conta.
Mas nada mais importava se não a música, o sentimento de solidão , e o céu.
A lua estava a brilhar e ao seu redor estrelas a completavam.
Juntas, o céu mais lindo que já havia visto.
Ou pelo menos que eu tenha reparado...
Me sentia feliz.
Me sentia leve.
Pulava.
Dançava.
Gritava
Ria...
Ria para não chorar.
Gritava para não ter que falar.
Dançava para tentar relaxar.
Pulava tentando chegar o mais próximo possível daquele céu.
Leveza para que o vento me levasse para bem longe.
E me sentia feliz... porque ali...
Ali eu não precisava fingir.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Night it's all right.

Deixei para trás a beleza do mar
pela beleza do céu.
Troquei os prédios altos e sufocantes,
por casas simples, pessoas simples,
um lugar simples.
Um lugar onde a lua ilumina com tanta intensidade que meus olhos até lacrimejam,
que minha pele a reflete ,
e que meus pensamentos, voam...
Assim como a fumaça que paira no ar por longos segundos até desaparecer.
Apenas com o cigarro que queima entre meus dedos como compania.
Na verdade se não fosse pelo som resultante da brisa contra as árvores,
poderia talvez me considerar sozinho nessa noite.
Na realidade todas as noites têm sido de certa forma vazias.
Todas as noites meu amigo Marlboro me acompanhou,
e claro, a querida Heineken era a que libertava meus pensamentos,
de uma forma que os mesmos se resumissem a um nada.
A um buraco.
Buraco este que na realidade é tudo.
As estrelas se exibem nessa noite...
A temporada de caça ao antigo John está aberta.
Se alguém souber onde o encontrar... não diga nada.
Cale-se,
pois quando for a hora, eu ei de encontrá-lo.
Seja numa tumultuada multidão de pessoas perdidas,
talvez no meio dos frajelados da enchente na fila para a cesta básica,
ou simplismente no vazio de uma noite...
Porém cheia de pensamentos espalhados pelo ar.

Night...oh ya...night it's ok.